Comentário ao Evangelho do dia
São Fulgêncio de Ruspe (467-532),bispo no Norte de
África
Carta 14,36; CCL 91, 429
«Nesse dia, apresentareis em Meu nome os vossos pedidos ao Pai»
Em conclusão das nossas orações, dizemos: «Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, Vosso Filho» e não «pelo Espírito Santo». Esta prática da Igreja
universal não deixa de ter uma razão. A sua causa é o mistério segundo
o qual o homem Jesus Cristo é o mediador entre Deus e os homens
1Tm 2,5) Sumo Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedec,
Ele que pelo Seu próprio
sangue entrou no Santo dos santos, não num
santuário feito por mão de homem,
figura do verdadeiro, mas no próprio
Céu, onde está à direita de Deus e intercede
por nós (Heb 6,20; 9,24)
É a pensar no sacerdócio de Cristo que o apóstolo diz: «Por meio d'Ele
É a pensar no sacerdócio de Cristo que o apóstolo diz: «Por meio d'Ele
ofereçamos sem cessar a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos
lábios que confessam o Seu nome» (Heb 13,15). É por Ele que
oferecemos o
sacrifício de louvor e a oração, porque foi a Sua morte que
nos reconciliou
quando éramos inimigos (Rm 5,10). Ele quis sacrificar-Se
por nós; é por Ele que
a nossa oferenda pode ser agradável aos olhos de
Deus. Eis por que motivo São
Pedro nos adverte nestes termos: «E vós
mesmos, como pedras vivas, entrai na
construção de um edifício espiritual
por meio de um sacerdócio santo, cujo fim
é oferecer sacrifícios espirituais
que serão agradáveis a Deus, por Jesus
Cristo» (1Pe 2,5). É por esta razão
que dizemos a Deus Pai: «Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, Vosso Filho».
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