sábado, 19 de maio de 2012


Comentário ao Evangelho do dia
São Fulgêncio de Ruspe (467-532),bispo no Norte de África 
Carta 14,36; CCL 91, 429

«Nesse dia, apresentareis em Meu  nome os   vossos pedidos  ao  Pai»
Em conclusão das nossas orações, dizemos: «Por Nosso Senhor  Jesus 
Cristo, Vosso Filho» e não «pelo Espírito Santo». Esta prática da Igreja 
universal não deixa de ter uma razão. A sua causa é o mistério  segundo 
o qual o  homem  Jesus  Cristo  é  o  mediador entre Deus e os homens
1Tm 2,5) Sumo  Sacerdote eterno  segundo a  ordem  de Melquisedec,
Ele que pelo Seu  próprio sangue entrou no Santo dos santos, não  num
santuário feito por mão de homem, figura do verdadeiro, mas no próprio
Céu, onde  está à direita de Deus e intercede por  nós (Heb 6,20; 9,24)
É a pensar no sacerdócio de Cristo que o apóstolo diz: «Por meio  d'Ele 
ofereçamos sem cessar a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos
lábios      que  confessam  o  Seu  nome»  (Heb 13,15).  É  por  Ele  que 
oferecemos o sacrifício de louvor e a oração, porque foi a Sua morte que
nos reconciliou quando éramos inimigos (Rm 5,10). Ele quis sacrificar-Se
por nós; é por Ele que a nossa oferenda pode ser agradável aos olhos de
Deus. Eis por que motivo São Pedro nos adverte nestes termos: «E vós 
mesmos, como pedras vivas, entrai na construção de um edifício espiritual
por meio de um sacerdócio santo, cujo fim é oferecer sacrifícios espirituais
que serão agradáveis a Deus, por Jesus Cristo» (1Pe 2,5). É por esta razão
que dizemos a Deus Pai: «Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho».

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